quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Mente
A mente conduz o corpo.
O corpo que nem sempre segue a mente
Mente que quer seguir o coração
Mas esse... nem sempre segue gente
O corpo que nem sempre segue a mente
Mente que quer seguir o coração
Mas esse... nem sempre segue gente
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O velho relógio do meu avô
O despertador acordou-me. Desta vez não me sobressaltei. Afinal existiam coisas na minha vida mais assustadoras que o barulho estridente daquele aparelhito mecânico herdado do meu avô.
Levantei-me e desviei o olhar do espelho. Não queria ver o meu reflexo pois junto com ele desfilavam imagens de anos passados, de dias recentemente vividos e previa-se um futuro com o qual eu não queria viver.
Preparei-me rapidamente, aliás nem poderia ser de outra forma. Os meus pertences resumiam-se a uma mala. Ela continha tudo o que eu tinha de valor, incluíndo o velho relógio do meu avô.
Sai do albergue que foi minha casa por uma noite e voltei à minha casa de sempre: a rua.
Vagueei pela cidade e sentei-me num banco do jardim central. Por lá havia uma feira infantil e deliciei-me a ver as crianças brincar, cheias de alegria e de sonhos. Ah! os sonhos, onde andariam os meus...
Enquanto divagava no meu íntimo, aproximou-se de mim uma menina. Parecia uma princesa, com uns olhos azuis tão doces que esbocei um sorriso sem saber bem o porquê.
A menina apresentou-se, chamava-se Maria. Eu não me apresentei, achei desnecessário que ela obtivesse qualquer tipo de informação de quem vivia na rua e levantei-me. Porém a sua pequenina mão delicada agarrou-me e perguntou-me:
- Está a fugir de mim?
Parece que ela estava a ver a cena de modo invertido, era ela quem deveria fugir, não eu.
Sentou-se no mesmo banco de onde me tinha levantado e literalmente disparou um rol de perguntas. A quantidade foi tanta que apenas retive a primeira: quem era eu.
Eu? Eu era alguém sem nome, sem casa, sem familia e sem sonhos.
O silêncio imperou e apenas se ouviu o tic-tac do velho relógio do meu avô.
A pequenina deu-me a mão para que me sentasse e disse:
- Que tem nessa maleta? Estou a ouvir um barulho...
Retirei o relógio e mostrei-o dizendo:
-É a única coisa de valor que tenho, era do meu avô.
Olhou-o, sorriu:
- Quer que lhe conte um dos seus sonhos?
- Não precisas. Já me fizeste ter um.
Sorri para Maria, peguei no velho relógio e parti.
Levantei-me e desviei o olhar do espelho. Não queria ver o meu reflexo pois junto com ele desfilavam imagens de anos passados, de dias recentemente vividos e previa-se um futuro com o qual eu não queria viver.
Preparei-me rapidamente, aliás nem poderia ser de outra forma. Os meus pertences resumiam-se a uma mala. Ela continha tudo o que eu tinha de valor, incluíndo o velho relógio do meu avô.
Sai do albergue que foi minha casa por uma noite e voltei à minha casa de sempre: a rua.
Vagueei pela cidade e sentei-me num banco do jardim central. Por lá havia uma feira infantil e deliciei-me a ver as crianças brincar, cheias de alegria e de sonhos. Ah! os sonhos, onde andariam os meus...
Enquanto divagava no meu íntimo, aproximou-se de mim uma menina. Parecia uma princesa, com uns olhos azuis tão doces que esbocei um sorriso sem saber bem o porquê.
A menina apresentou-se, chamava-se Maria. Eu não me apresentei, achei desnecessário que ela obtivesse qualquer tipo de informação de quem vivia na rua e levantei-me. Porém a sua pequenina mão delicada agarrou-me e perguntou-me:
- Está a fugir de mim?
Parece que ela estava a ver a cena de modo invertido, era ela quem deveria fugir, não eu.
Sentou-se no mesmo banco de onde me tinha levantado e literalmente disparou um rol de perguntas. A quantidade foi tanta que apenas retive a primeira: quem era eu.
Eu? Eu era alguém sem nome, sem casa, sem familia e sem sonhos.
O silêncio imperou e apenas se ouviu o tic-tac do velho relógio do meu avô.
A pequenina deu-me a mão para que me sentasse e disse:
- Que tem nessa maleta? Estou a ouvir um barulho...
Retirei o relógio e mostrei-o dizendo:
-É a única coisa de valor que tenho, era do meu avô.
Olhou-o, sorriu:
- Quer que lhe conte um dos seus sonhos?
- Não precisas. Já me fizeste ter um.
Sorri para Maria, peguei no velho relógio e parti.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Greve
Quando se fala na próxima greve geral surge, como que umbilicalmente ligado, o medo de participar ou não.
Como alguém me dizia, com o espirito de pânico/prepotência que reina, o receio de um trabalhador se tornar dispensável, apenas por fazer valer os seus direitos, é perfeitamente legitimo.
Por certo algumas entidades patronais utilizaram este direito, que está devidamente consagrado na lei, para seleccionar os 'indesejáveis', fazendo prevalecer as convicções dos trabalhadores sobre o desempenho profissional.
Parece que estamos a regredir e que tememos por fazer valer os nossos direitos. Entre o mal e o pior, onde ficamos?
Quem fizer greve, será mártire ou herói?
(No seguimento da nossa conversa...)
Como alguém me dizia, com o espirito de pânico/prepotência que reina, o receio de um trabalhador se tornar dispensável, apenas por fazer valer os seus direitos, é perfeitamente legitimo.
Por certo algumas entidades patronais utilizaram este direito, que está devidamente consagrado na lei, para seleccionar os 'indesejáveis', fazendo prevalecer as convicções dos trabalhadores sobre o desempenho profissional.
Parece que estamos a regredir e que tememos por fazer valer os nossos direitos. Entre o mal e o pior, onde ficamos?
Quem fizer greve, será mártire ou herói?
(No seguimento da nossa conversa...)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Português
Problema português:
O português (leia-se língua portuguesa) é traiçoeiro... os portugueses são maliciosos e está instalada a confusão em certas e determinadas conversas.
Conclusão: o problema não é a lingua, é a mente!
O português (leia-se língua portuguesa) é traiçoeiro... os portugueses são maliciosos e está instalada a confusão em certas e determinadas conversas.
Conclusão: o problema não é a lingua, é a mente!
Roubo
Estamos a ser roubados!
Isto é um roubo em grande escala...
O pior? O pior é que todos sabem mas nem adianta chamar a policia.
Isto é um roubo em grande escala...
O pior? O pior é que todos sabem mas nem adianta chamar a policia.
Precipicio
Sinto-me ao pé de um precipicio!
A queda é em massa e eminente e assustadora e...
Existirá forças para trepar de novo?
E construir um ponte que una os dois lados deste fosso?
Haverá quem a queira fazer?
A queda é em massa e eminente e assustadora e...
Existirá forças para trepar de novo?
E construir um ponte que una os dois lados deste fosso?
Haverá quem a queira fazer?
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Jogo de perda
Mata... (Re)mata...
Tanta estratégia
Tanta tragédia.
Colhe... (Re)colhe...
Quem ofende?
Quem defende?
Não há ganhos
Só há perdas
Uns não ganham nada
Outros perdem tudo.
Tanta estratégia
Tanta tragédia.
Colhe... (Re)colhe...
Quem ofende?
Quem defende?
Não há ganhos
Só há perdas
Uns não ganham nada
Outros perdem tudo.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
A caixa do disparate
A caixinha mágica ontem mais parecia uma caixa a cuspir disparates.
Cada som que emitia maior era a minha indignação e crescente se tornava a minha revolta.
Como é que é possível?
Como é que é possivel que alguém possa afirmar que o facto de votar contra significa sacudir a culpa? Isso seria compreensivel se estivesse a falar de uma abstenção, isso sim é voto cobarde, nem é carne nem é peixe; se der certo ouve-se 'nós não votamos contra', se der para o torto 'nós não votamos a favor'...
Realmente a TV é um absurdo.
Cada som que emitia maior era a minha indignação e crescente se tornava a minha revolta.
Como é que é possível?
Como é que é possivel que alguém possa afirmar que o facto de votar contra significa sacudir a culpa? Isso seria compreensivel se estivesse a falar de uma abstenção, isso sim é voto cobarde, nem é carne nem é peixe; se der certo ouve-se 'nós não votamos contra', se der para o torto 'nós não votamos a favor'...
Realmente a TV é um absurdo.
Fuga
Refugiados naquela terra
Sentem que perderam mais que o chão
Perderam a sua identidade
Perderam-se de si próprios...
E vagueiam por ali
Como se nada fossem
Sentem que perderam mais que o chão
Perderam a sua identidade
Perderam-se de si próprios...
E vagueiam por ali
Como se nada fossem
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
olhar
Olhando as negras pedras desta calçada
Imagino quantos por aqui não passaram
Carregando consigo tanta miséria
Seja ela de que tipo seja
Olhando nos olhos dos que por aqui passam
Consigo ver o negro que as envolve
Tristeza, mágoa, ódio... ou apenas desânimo
Sejam os sentimentos de que origem sejam
E olho para o futuro
Sem conseguir esconder o medo
De que tudo o que nele se esconde
Seja apenas o que não quero ver.
Imagino quantos por aqui não passaram
Carregando consigo tanta miséria
Seja ela de que tipo seja
Olhando nos olhos dos que por aqui passam
Consigo ver o negro que as envolve
Tristeza, mágoa, ódio... ou apenas desânimo
Sejam os sentimentos de que origem sejam
E olho para o futuro
Sem conseguir esconder o medo
De que tudo o que nele se esconde
Seja apenas o que não quero ver.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
No lugar certo...
Na hora certa, mas no momento errado.
Uma hora tem tantos minutos que a espera pode levar à precipitação...
Uma hora tem tantos minutos que a espera pode levar à precipitação...
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