No alto do meu prédio
Observei vidas a passarem, a cruzarem-se sem se verem...
No meio da multidão o que reinava era a solidão.
Ela, a minha companheira de todas as horas.
A desumanidade da humanidade...
É nisto que a humanidade se está a transformar.
Não se conhece o vizinho do lado
Nem se dá pela sua falta.
Cruzam-se connoco no mundinho do nosso prédio...
Descruzam-se as vidas de afecto e de infecto.
Cada casa é um mundo recto
Como se o mundo redondo não existisse.
Aprende-se a palavra EU...
Tudo o resto desaparece da gramática dos afectos.
Viver não é apenas mera existência
É existir para além de nós...
É existir para mais alguém...
Estamos a assistir a uma nova ordem mundial, veremos se vencerá a humanidade ou se a história manterá o seu rumo de desumanidade...
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